De dentro de mim.


Quando você chegou... ai! Tantos e tantos os raios de cores...um clarão intenso, um excesso de riqueza ... Tanto tanto que minha visão te esnobou...
Eras forte, intenso demais pra mim... me esnobei quando te esnobei. Mas já era tarde. Você já era pra mim.
Vinha pra me mostrar onde eu estava... onde estou. Fui eu que te desejei, te pedi dentro de mim.
E você brotou como a ultima florzinha daquele cachos de milagres guardados no armário.
Depois de um silencio de uma tarde inteira entre choros de ficção e eu só te sentindo desde o gosto ao mexido calado, só entre eu e você...
Naquela tarde gelada... onde o medo era todo o meu eu. Você já sabia e eu também...
Quanto amor eu já tinha pra você... Quantos cheiros eu ia te roubar durante a fome... Quantas vezes eu acordaria te segurando, te sentindo. Quantas vezes eu iria optar em sonhar de olhos entre abertos com o teu melhor... e como eu iria ser tua altiva espectadora.
Porem tu já sabias que eu não poderia ... não como seria...
Ah!
Me deste a dor... mínima! num raio de sol de domingo... Antes de me dizer que estavas ali... antes de mexer pela primeira vez.
Te queria, mas não estava pronta. Não eras pra mim... o que é, afinal? Um futuro breve?
E fomos indo então... nossas tantas viagens por cuidados a sós... Nós três: você (em prantos), eu (em oração) e Deus ( por nós!)
Intensificando a cada dia a razão de estares ali... de passagem Assim como eu aqui...
Deixaste com que eu sonhasse com um real tão intenso em que desejei não me procurar mais Para que você viesse com a graça e vontade e para que fosses lindo. Mas Deus estava por nós!
Nem eu nem você conseguíamos ver que não era tu que tinhas que vir ao mundo porem eu.
Não era eu tua guia porem tu o meu.
E se alguma coisa foi dita por Deus voltado para nós é que você só seria aprendizagem e tirar a poeira da força e desejo de vida que já não havia, eu vivi mas não havia mais existido.
Quando começaste a se despedir tudo foi ficando tão cinza... tão cruel... tudo todos foram... foram... Nem mesmo tardes frias sobravam... E eu desesperada te procurava em outros sentidos...em tantos labirintos... Enganando-me... Me covardiando entregando meus fazeres em outros nomes...
Não queria nada além de te... cega! E de cinza o mundo passou a vermelho... Teu pai te feriu...
E tu não ficaste mais em mim... Partistes...
E tudo ficou branco... Forros roupas, teu sapato, minha boca minha voz minha “eterna falta do que falar” tudo se tornou num fato finito. Já não existia mais reciprocidade, carinho, acalanto, alento, amizade, beijos, o intimo entre nós dois e o filósofo no parque, lembra?
Tudo caiu... Tudo ficou nu...
Quando caída te vi em minha mão. Uma mão. Meus sonhos todos, não passava mais da palma de minha mão... com suas mãos escondendo-se de mim...
E nessa toda aflição, e dessas todas as mãos frias e dos “muito sinto” foi que saiu finalmente um respirar fundo que te confesso que foi doloroso, sufocado, em raivado mas bem mais aliviado. Ninguém iria mais te machucar! Envolvi-te em um paninho e te levei pra seres jogado num lixeiro...
Mas não vou me maltratar. Você em meio a tanto caos me deu tanta paz! Eu estava tão confusa mais você tanto me ensinou a me bastar, a me buscar, a me querer outra vez!
Eu já te amo pra toda eternidade ou por todo perpetuo, o que durar mais.

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