Saí com os mesmos amigos de conversas contrangedoramente engraçadas na sexta tbm.
Como de costume, não fui pra aula pq queria rir.
Na aula, não tomei minha dose suficiente.
Isso de precisar de analista é chato.
Eles foram engraçados e enfim, o que sempre são.
E, apesar de trabalhar isso na minha cabeça como fruto de minha imaginação sombria, eu estava costumeiramente sobrando ali.
Foi vergonhoso entender que, enquanto falava confortável, eles cochichavam uma maneira de mudar de assunto p que eu me calasse.
E eu não tive coragem de bater de frente.
Esperei ansiosa p chegar a minha casa, deitar em minha casa e chorar a solidão contida de alguém que não se encaixa.
Que não encontra ombros.
Que, aos quase twenty six, não tem nada sólido, só o artificial.

Estou na metade de um curso que ainda procuro o sentido de fazê-lo.

Desde os meus 18 nenhum texto me tirou o fôlego, nem tive a certeza de que iria ser aquilo minha vida.
É claro que ela ficou mais colorida.
É claro que posso imprimir coisas legais e agora consigo cantar músicas internacionais.
Mas eu sou a mesma.
Fiz vários amigos e em nenhum vejo além do vidro.
Escuto a mesma voz dizendo vc se esforça e não cuida de vc.
Mas cuidar de mim não é só pedir pelo shiatsu de Dona Kátia (Na verdade, sempre que peço por isso, estou implorando pela mãe que não tive).
Não é a terapia que não me fará encontrar esse cuidado comigo.
Só me ensinará a não demonstrar ao mundo e calar e ser uma insignificante sem barulhos adicionais.
Depois de tantas lutas travadas eu entendi que eu sou o meu cuidado com os outros.
Esse é o meu dom.
Mas quem quer saber.
Passei dias num hospital comendo a cada 12 horas cuidando de alguém que mentia p mim.
E passei por cima dos meus limites físicos por alguém em quem eu acreditava de fato.
E ela estava mentindo p mim.
Aquela amiga que eu queria ver com alguém que crescesse junto e a fizesse feliz.. mentiu e se afastou a mando de outros.
A minha mãe não escuta nada do que pode ser melhor e só me liga p dizer : -é!