outono

No caminho de volta ao paraíso te deixei...


O sol árduo já não me deixava ver o verso que perseguia, O seu

Passaste a ser manga do mais alto galho


Visto só ao entardecer quando o sol aquietava o fôlego

E podia olhar os céus as nuvens e por acidente ver-te.

Galho mais próximo de mim que do céu,

Galho ao alcance do céu e não de mim.

Noturno amor lúdico.

Sob a lua eras vaga-lume bailando num tapete de estrelas,


Onde terminava a estrada em que eu começava a sonhar...

E já no inicio repetido estavas ao meu lado como pluma de passarinho novo que nos segue

Toda a estrada e tentamos pega-la com as mãos... Inutilmente

Foste comigo por toda a manhã, Centro do sol, Tarde doce como leitura embalada,

E quando me conformei de que eras parte da brisa que me seguia e me acalantava

Dos perigos de meu verde caminho de barro e teto abarcado pelas mãos enlaçadas pelas arvores enamoradas,

Pousas-te em mim, Quieto Manso

E eu tão cheia de minhas defesas

Não achei devido sacar o medo de minha bolsa de empecilhos

Ali reinava abrigo, resguardo. Havia compaixão talvez?

Vontade de possuir, apetite, Anseio, aspiração

...

Bem sabes que passaste da hora de brincar

Bem sei que esqueci o que são horas...

Bem sei que devo voltar a escola.

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1 comentários:

  1. Nossa, Gaby!
    Que texto maravilhoso!
    Tem um nível de impressionismo que toca a gente...
    Adorei!Parabéns!
    Don't stop never!kiss

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