E até que se prove o contrário:

Aquela menina cuja musica invadiu sua alma tirando os incômodos modestos do cotidiano dançava sem freios nem contenções, num ritmo desconhecido, já não ouvia maismúsica... Em sorrisos acelerados flutuava sobre seu prazer, por um instante vi em seus olhos entre abertos ao céu a certeza de que ninguém e ninguém mais saberia o que sentia! Era tudo tão seu, o mundo estava dançando em sua companhia, todos favoreciam a sua dança... E olha quanto foi belo! De dias de contenção sensatez caprichos encobertos pela razão estupida de um ser adulto (para que ninguém possa alcançar a criança que sempre será!) surge em meio a voltas sobre si, bamboleados voluptuosos pulos cadenciosos sorrisos a meia-boca ao ver sem perceber que no seu rosto tão desenhado pelo que se chama de divino corria o filme de sua historia podia se ver com clareza sua infância, adolescência e o que lhe é atual, podíamos ver todos os personagens de seus filmes prediletos, sua timidez, seu romantismo... Só não se avistava nenhuma de suas personas gregas... Ali estava ela! E me saltou aos olhos lagrimas de felicidade tanta: entendia naquele instante de onde conhecia aquela porcelana inquebrável, onde a vida nos fez atentar para o brilho dos olhos, onde os sonhos fizeram o carinho adentrar o peitofazendo dessa vida a mais bela forma de sabermos onde e porque estamos juntas e tão independentes! Era ela, alguém que só precisava dançar movimentar as mãos como quem acariciava algo que já não estava no seu corpo, saltava de sua pele, fazendo cocegas em seus lábios lhe trazendo as tão famosas gargalhadas que nessa ocasião tinha luz tão forte, acariciava sua essência. E quem disse que precisamos todo o tempo manter a posse imposta por essa condição tão contida? E quem falou que ela todo o tempo tem que conversar consigo, culpando-se por não estudar os números daquele exercício estupido absolvendo-se ao mesmo tempo por querer viver? E quem disse que ela precisa ser a feminista da era moderna que é centrada em mostrar sua capacidade fora o doce crochê sobre a mesa depois de um jantar posto? E porque não se apaixonar até que todo o seu ar só esteja disposto para lembrar-se dos beijos de seu amor, dos carinhos palavras Cheiro? Qual o motivo de envergonhar-se? De se esconder? Ritmos de tambores assim... Presentearam-me numa madrugada fria gritos uivos mexidos passeio banho na fontee a verdadeira face de Beatrice!

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